Por que pensar a cidade

Até 2050, a população mundial chegará a 9,7 bilhões de pessoas - 2 bilhões a mais que hoje - e 70% estará vivendo em cidades. O dado é de relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) lançado em junho deste ano. No Brasil, esse percentual já foi ultrapassado: o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que, desde 2015, 84% da população vive em zonas urbanas.

Ancorado nesses dados, o consultor da ONU Habitat Cláudio Acioly afirma que "estamos caminhando para um planeta de cidades, queiramos ou não queiramos"^*. Ou seja, essa é uma realidade com a qual a população, nas suas mais diversas manifestações organizativas - gestores públicos, profissionais, entidades representativas, associações de base, sociedade em geral - deve conviver.

Neste cenário, é necessário e urgente refletir sobre a formação das cidades e planejar o futuro do lugar em que as pessoas vivem e exercem suas atividades cotidianas. Proporcionar espaços dedicados a divulgar conteúdos sobre temas urbanos é a forma que o jornalismo tem de contribuir com a qualificação do debate sobre a urbanização do planeta.

Assim surge o projeto de jornalismo pensar a cidade, expressão do interesse que a jornalista Bruna Fernanda Suptitz tem por temas relacionados à cidade e a vontade de fazê-los chegar a mais pessoas. Novos conteúdos serão publicados semanalmente e o canal estará sempre aberto para receber sugestões.

* A declaração foi dada durante palestra no 21º Congresso Brasileiro de Arquitetos, realizado em Porto Alegre no início de outubro deste ano pelo Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), com apoio do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), o qual tive a oportunidade de participar a trabalho.

pensar a cidade é um projeto independente e expressa o interesse que a jornalista Bruna Fernanda Suptitz tem por temas relacionados à cidade e a vontade de fazê-los chegar a mais pessoas por meio do jornalismo